Da mesma forma da coluna anterior, darei continuidade acerca da Administração de Darci Teston. Na última coluna, eu disse que havia muita dificuldade para ir a capital buscar o retorno do imposto. Conforme Teston, em 2015 ao LÊ NOTÍCIAS, que o secretário do Oeste era Plínio Arlindo De Nês, e assim, foi seu braço direito, talvez foi fácil conseguir ajuda e recursos do secretário de Nês.
Naquela época, era um grande empresário de Xaxim, proprietário do antigo frigorífico Saic, onde hoje é a Aurora de hoje. Teston informou no jornal, que na fonte do Rio Chapecózinho, onde as máquinas para abriram as estradas entre Seara e Quilombo, as próprias máquinas à construção do Ginásio São Francisco de Assis. Esta foi a construção da Paróquia com a ajuda de máquinas para a base, antes eram feitas na mão com pá picareta, pelos sócios voluntários das capelas.
Na administração de Teston, os ex-distritos, hoje municípios de Lajeado Grande, Marema e Entre Rios, havia uma enorme extensão de quilômetros de estradas, com poucas indústrias e comércio e baixíssima produção agrícola, comparando com as de hoje, havia pouco retorno.
Apesar de pouco retorno, mas não era muito exigida e necessitada e conservação das estradas, havia pouco tráfego. Não havia aviários, ou parcerias de suínos. Também não, os que engordava porcos não tinha dois dias para o carregamento. Podia durar até semanas. Quando a produção de grãos eles colhiam e estocavam em casa, só levavam no comércio para a venda quando o preço era bom.
Estou lembrado no ano de 1973, a soja disparou o preço muito rápido, chegou a 200, 215 e 218 os cruzeiros, muitos iam vender quando chegava a 220 cruzeiros, resultado e fim da ganância. Parou o preço e venderam junto à outra safra por preço bem menor. A poupança e a inflação era 3% ao mês, os agricultores não pediam melhores estradas, queria melhores preços de soja. A nossa família também entrou nestes melhores preços da soja e entramos neste cano.
A maior propriedade não era a conservação das estradas, apesar que não era encascalhada. A maioria dos carros eram com tração dupla e marcha reduzida, Jeep, rural e pickup Willys. Os que não eram duplados, em dias de chuva usavam correntes. No meu casamento em 1971, foi uma semana de muita chuva e os convidados só chegaram com carros duplados.
Uma das vantagens que Teston teve em relação aos ex-prefeitos anteriores foi na Educação. No interior, algumas escolas municipais passaram a ser estaduais. Na gestão do ex-governador Celso Ramos (1962 – 1965), através da Secretaria do Oeste Serafim Enoss Bertaso, foram construídas várias salas de aula. Uma é a Linha Limeira. Era de madeira não tinha banheiros internos e nem energia de luz, mesmo assim, foi um presente antes funcionava na primeira igrejinha.
Frei Plácido vinha regar as missas e cobrava muito dos pais dos alunos, a pagar o quartal, que será o dízimo de hoje. Que a Igreja era casa de Deus e da Educação, a Prefeitura só pagava as professoras. A sala de alvenaria de Limeira foi construída na década de oitenta, antigamente escolas que não funcionavam nas igrejas, eram construídas a custo dos pais dos alunos, embora o Estado construiu a sala de Limeira, a contrapartida os membros da comunidade compraram e doaram o terreno.
Uma obra pequena, mas de muita importância. Teston construiu uma ponte na estrada ramal que dá acesso à Linha Limeira. Lá moravam doze famílias naquele tempo diziam sócios da igreja e escola da Linha Limeira, e mais os moradores da Linha Terceira, antigo “Lajeado dos Porcos”, que era o único caminho a Xaxim, passando o rio sem ponte.
Aquela ponte foi construída em parceria com a Prefeitura e moradores com doação de madeira em toras, um morador que muito batalhou em construção da ponte, foi um suplente a vereador na mesma gestão de Teston de partido adversário (in memorian), o meu antigo vizinho Hurbano Bissolotti, a inauguração da ponte, não foi de dia e nem no rio foi de noite, com uma janta por conta e na casa de Hurbano, o prefeito também estava presente.
Um bom exemplo para os políticos, adversários na campanha e unidos na administração, Urbano foi eleito vereador na próxima eleição.
Em caso, Hurbano não ficava eleito, na certa ia ocupar uma das cadeiras várias vezes, o MDB tinha uma chapa de oito candidatos para sete cadeiras e foram eleitos os sete todos do MDB.
A Administração de Teston foi a primeira a pagar as diárias dos operadores de máquinas, quando trabalhava no interior. Os operadores saíam da cidade com as máquinas, só voltavam após o serviço concluído ou final de semana, ficava fora durante vários dias.
A preferência local do almoço e pernoite, a maioria era em nossa casa, um dos operadores que me retornam eram João Pedro, Antonio Zanella tratoristas, Henrique Lazzari, Zanoto, Badim que era conhecido como Pinga, patroleiros, Eliseu Zanoto e Batistas ajudantes.
O pagamento das diárias aos que serviam, o primeiro o meu pai, foi o vice de Teston, nas férias do prefeito. Como meu pai não servia a ser comerciante, achou que o valor era muito o valor. O vice Armando Turra disse que pagava conforme o valor de tabela. Encerro esta reportagem com uma pequena piada verdadeiro. Alguns adversários do MDB diziam que o nome não era mais Darci Teston, mas era Darci Três Tombos, porque foi o terceiro candidato sequente de rotina a tombar candidatos adversários do antigo PSD. Também tombou três candidatos coligados na chapa contrária. Isto não é besteira, mas história verdadeira.
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